Bom... Meus pais falam um pior inglês que o meu, então você pode imaginar a comunicação deles quando vieram me visitar ano passado.
Eu tinha que trabalhar durante o dia (de vez enquando faço isso) e larguei eles no mundo. Com carro, GPS, tudo certinho pra não se perderem em Dallas.
Minha mãe fez questão de fazer um jantar pros meus amigos e se prontificou a fazer caipirinhas, no caso caipiroska, porque era de vodka.
Acontece que aqui não vende destilado em supermercado e sim em lojas especialidadas. Na maioria das vezes essas lojas se localizam ao lado de um sex shop ou raramente, ao lado de uma casa de libertinagem. Eu expliquei mais ou menos pra eles, como identificar essas lojas. Na maioria das vezes esta escrito Liquor enorme... E de cara vemos que é uma loja de bebidas.
Meu pai viu alguma coisa escrito Liquor e Drink, num neon bonito e piscante, e pronto, era ali que ele iria achar as garrafas de vodka.
Estacionou o carro, minha mãe ficou no carro e ele entrou. Já preparando as poucas palavras que meu pai sabe falar em inglês, como Good Morning, abriu a porta do lugar, se deparou com algo estranho. Nenhuma garrafa sendo vendida e sim corpos. Nenhuma vodka russa e sim americanas. Americanas Morenas. Americanas Ruivas. Americanas Loiras. Sim, ele entrou num puteiro pensando que tinha entrado numa loja de licor. Logo foi recepcionado por uma das senhoras: Welcome. Ele só pode responder: Comer? Comer o cacete. Tô indo embora. Entrou no carro, sem garrafa, sem vodka, mas com a cara de um padre que acabara de ver a freira pelada! Por fim, acabou não comprando o destilado.
Agora percebem o que é a genética não? Mas acho que eu ia tomar uma vodka lá dentro mesmo!