Uma das coisas legais de você morar fora, é receber visitas de parentes e amigos, vindos diretamente do Brasil. E como sempre, comprar coisas na América é algo inevitável. Então, como anfitrião, tenho que passar algumas horas caminhando em algum outlet da vida.
Pois bem. Minha irmã esteve aqui e passamos o sábado andando pra cima e pra baixo. Por 5 horas compras e mais compras. Caixas e mais caixas. Sacolas e mais sacolas. O resultado foi no domingo, após eu deixá-la no aeroporto com a muamba em cuia, minha casa parecia uma creche após a noite de natal. Caixas espalhadas por todos os cantos. Sacolas embaixo da cama. Uma zona só. Não que ela tenha deixado minha casa bagunçada... Mas... É, não sei terminar esse parágrafo. Realmente ficou zoneado.
Um parêntese só: quando cheguei em casa, tirei todo o lixo que tinha no meu carro, garrafas de água e papéis e aproveitei pra colocar o GPS e a carteira dentro dessa sacola e coloquei em cima da pia.
Bom, voltando ao apartamento. Foi a hora de dar um tapa no apê e jogar todo entulho ali acumulado, através do consumismo desenfreado. Três viagens até o local onde atiramos o lixo (através do Trash Chute, ou seja, pra nos livramos do lixo, abrimos uma portinhola e tacamos todo o baguio lá pra baixo - moro no terceiro andar). Casa limpa.
Umas 2 horas depois, resolvi pedir uma pizza e pra isso precisava do cartão de crédito pra efetuar o pagamento via tel. E cadê a carteira? Busco aqui, procuro ali, reviro a cama acolá... Nada! Desapareceu! Vou até o carro. Vai ver esqueci ali. Porra nenhuma. Ali não tá. Quando entro em casa, refazendo os passos da hora que cheguei, foi como a Certeza enfincando uma faca no meu peito. FOI PRO LIXO! Eu não tinha dúvidas, a sacola que retirei de lixo do meu carro, onde estaria o GPS e a carteira, teria sido arremessada 2 horas antes na porra da portinhola. Busquei 400 vezes em casa, tentando não acreditar no óbvio. Desci até o primeiro andar, e fui ao acesso ao lixo, onde teoricamente o lixo de todos os andares é acumulado através do túnel de arremesso. Era um fedor de lascar. Puta que pariu! É certeza que tinha defunto embaixo daquelas toneladas de sacolas, garrafas, papéis, resto de comida... O caminhão de lixo retira o entulho pela parte de fora do prédio. Por dentro não tem acesso, somente pela portinhola de 50 x 50 cm. E nesse pequeno espaço, comecei a revirar o pouco lixo que eu conseguia mexer. O mau-cheiro era realmente algo lamentável. Depois de algumas tentativas, nada de achar. Desisti. Voltei pro carro. Procurei. Voltei pra casa. Zoneei tudo de novo atrás de alguma ilusão. Nada. Realmente fudeu. Liguei na oficina que administra o condomínio e falei com o zelador, expliquei minha triste história e o senhor, com voz que já estava na cama, assistindo ao Fantástico dos gringos, se prontificou a me ajudar, mas mesmo ele não dizendo, eu juro que consegui ouvir ele falar "Fio de uma égua".
Uns 20 minutos depois, aparece o homem na porta, com o GPS na mão, perguntando: Isso aqui é familiar? Porra, maravilha professor. Mas cadê a carteira? Descemos novamente e o pobre senhor, teve que entrar nessa portinhola minúscula e praticamente nadar no lixo. Olha, uma carteira de motorista: é minha. Olha um cartão de crédito: é meu. Depois de vários objetos a prestação, finalmente a carteira estava ali, perto de uma casca de banana. Na violência da queda de 3 andares, a sacola se rompeu, a carteira abriu e alguns elementos flutuaram por livre e espontânea vontade. Finalmente estava com a mardita em mãos. Mas o duro vai ser aguentar o cheiro que ficou impregnado por ali...
domingo, 16 de novembro de 2008
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3 comentários:
Ale, qdo vc foi convidado a trabalhar nos EUA, fiquei muito preocupada!!!!! Nossa o Ale vai vai ficar diferente, vai ter de fazer comida lavar roupas, ele vai mudar completamente, confesso que fiquei ate um pouco triste, que alem da saudades que sentiria com a sua ausencia, qdo vc voltasse, seria outro completamete diferente, mas ontem qdo eu tive de acender vela para o São Longuinho (aquele santinho que ajuda a achar as coisas que nao temos mais esperancas de encontrar) confesso fiquei muito feliz, pois nesse aspecto vc e o mesmo, de anos atras, estava sempre procurando a carteira, ou o documento do carro, ou os recibos de pagos dos abadas!!!!!!. Que bom Xande vc continua o mesmo!!!!!! hahahah beijos Mamis
Olha, vc pode ate reclamar das caixas esparramadas pela casa, mas lembre-se do detalhe de vc ficar 1h de relogio dentro da Calvin Klein perguntando se levava aquele chapeuzinho "diferente" ......Vc mereceu carregar caixas para o lixo hahahahaha
Fora a bagunça, foi boa a minha companhia....fora meus rangos....
Caramba cara, me lembrei da "chinela". Comprava uma toda viagem que a gente fazia.Vai ser desligado nos "esteites".
E isso meu. Cabeca fresca a gente vive mais.
Beijos
Papys
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