Bom... Não precisa nem de história. Basta ver a minha primeira tentativa de tentar fazer um bolo. Receita de Dona Mara Esponja. Mesmo recebendo auxílio via nextel dela e da minha mãe, nenhuma das duas me falou que precisava esperar o bolo esfriar pra transferir da assadeira pro prato. Humpf! Fora que acho que não untei direito (até descobrir o que é untar foi uma briga violenta). Visualmente é uma obra surreal, mas juro que ficou uma delícia. O resultado é esse abaixo. O bolo mais bonito da história. Qualquer semelhança com outra coisa é mera coincidência!
domingo, 27 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
O bolinho de chuva.
Bom, isso aconteceu ontem. Ganhei um livro de receitas de uma amiga, a Leila, e vi o Bolinho de Chuva. Amava quando minha mãe fritava e eu me entupia disso. E pelo livro vi que era tranquilo fazer. Mas, é lógico que mesmo sendo sossegado eu consigo complicar.
Saí do trabalho e resolvi ir direto ao supermercado comprar os ingredientes. E ir ao mercado é uma luta inenarrável, porque o verão tá infernal, com temperaturas sempre acima dos 37 graus e caminhar entre o carro, com ar condicionado no máximo, até a porta do supermercado, com certeza é suar 1 litro! Mas a vontade do bolinho era maior. Comprado os ingredientes, fui fazer a massa.
Vocês lembram algumas histórias atrás, quando eu disse que raramente chamo uma faxineira pra limpar e tal? Pois é. Ontem foi dia da senhora vir aqui em casa e deixar um brinco. Mas preciso sujar rápido né? Afinal: solteiro, recém-c0zinheiro e lesado, precisa decorar a casa com sujeira.
Bom voltando à massa. Um ovo aqui. Meia xícara de farinha ali. Leite acolá. E acompanhando a receita estava lá: 1 pitadinha de sal. Eu pensei: vou colocar um pouco mais que apenas uma pitadinha de sal pra ficar bem gostoso e salgadinho. E lá se foi uma colher de sopa de sal. A massa pronta e pimba, me lembro que o bolinho de chuva é doce e não salgado. Jesus amado. Mas iria compensar no açúcar... Certeza.
A frigideira estava suja, pois eu havia feito o almoço em casa, então precisei lavar a criança. Mas queria poupar o pano de prato na hora de enxugar e levei ao fogo, tomada por óleo. Minha cozinha é pequena. Minúscula pra dizer a verdade... De um lado é a pia do outro o fogão e a geladeira. Só cabe uma pessoa e magra. A geladeira fica na sequência do fogão e logo a parede. E era nesse ponto que eu estava. Na frente da geladeira. Para ir à sala, por exemplo, eu precisaria passar na frente do fogão. Mas o óleo começou a esquentar. Aquela maldita água que não sequei começou a pular. A pular é modo de dizer, começou mesmo a explodir. Era um festival de estouros, um reveillon em Copacabana, voando óleo e paciência pra tudo que é lado. Fiquei enclausurado por cerca de 3 minutos, fugindo do óleo voador. Não poderia sair dali, pois precisaria enfrentar o fogão com sua leva de óleo. A chão da cozinha já parecia um ringue de luta no gel. De vez enquando voava um pouco de óleo na mão, no braço. Puta que pariu como dói. Depois do óleo parar com a gracinha e desencanar de saltitar feito um sapo gay, consegui fazer os bolinhos.
Conclusão: Cozinha precisando de uma macumba urgente e comi apenas 2 bolinhos de chuva, porque o gosto ficou incrivelmente horrível! Foi o doce mais salgado que comi na minha vida!
Saí do trabalho e resolvi ir direto ao supermercado comprar os ingredientes. E ir ao mercado é uma luta inenarrável, porque o verão tá infernal, com temperaturas sempre acima dos 37 graus e caminhar entre o carro, com ar condicionado no máximo, até a porta do supermercado, com certeza é suar 1 litro! Mas a vontade do bolinho era maior. Comprado os ingredientes, fui fazer a massa.
Vocês lembram algumas histórias atrás, quando eu disse que raramente chamo uma faxineira pra limpar e tal? Pois é. Ontem foi dia da senhora vir aqui em casa e deixar um brinco. Mas preciso sujar rápido né? Afinal: solteiro, recém-c0zinheiro e lesado, precisa decorar a casa com sujeira.
Bom voltando à massa. Um ovo aqui. Meia xícara de farinha ali. Leite acolá. E acompanhando a receita estava lá: 1 pitadinha de sal. Eu pensei: vou colocar um pouco mais que apenas uma pitadinha de sal pra ficar bem gostoso e salgadinho. E lá se foi uma colher de sopa de sal. A massa pronta e pimba, me lembro que o bolinho de chuva é doce e não salgado. Jesus amado. Mas iria compensar no açúcar... Certeza.
A frigideira estava suja, pois eu havia feito o almoço em casa, então precisei lavar a criança. Mas queria poupar o pano de prato na hora de enxugar e levei ao fogo, tomada por óleo. Minha cozinha é pequena. Minúscula pra dizer a verdade... De um lado é a pia do outro o fogão e a geladeira. Só cabe uma pessoa e magra. A geladeira fica na sequência do fogão e logo a parede. E era nesse ponto que eu estava. Na frente da geladeira. Para ir à sala, por exemplo, eu precisaria passar na frente do fogão. Mas o óleo começou a esquentar. Aquela maldita água que não sequei começou a pular. A pular é modo de dizer, começou mesmo a explodir. Era um festival de estouros, um reveillon em Copacabana, voando óleo e paciência pra tudo que é lado. Fiquei enclausurado por cerca de 3 minutos, fugindo do óleo voador. Não poderia sair dali, pois precisaria enfrentar o fogão com sua leva de óleo. A chão da cozinha já parecia um ringue de luta no gel. De vez enquando voava um pouco de óleo na mão, no braço. Puta que pariu como dói. Depois do óleo parar com a gracinha e desencanar de saltitar feito um sapo gay, consegui fazer os bolinhos.
Conclusão: Cozinha precisando de uma macumba urgente e comi apenas 2 bolinhos de chuva, porque o gosto ficou incrivelmente horrível! Foi o doce mais salgado que comi na minha vida!
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Carteira de Habilitação, uma novela mexicana que vc só vê aqui, nesse blog!
Bom. Desde que cheguei, fui alertado pra tirar a carteira de motorista, porque aí eu ía criando um histórico de direção e o seguro poderia ficar mais barato. Mas pra que? Eu não tinha carro e nem pensava em ter. Me avisavam que aí eu teria um uma Identificação no Texas, coisa que ignorei. Com esse documento, não precisaria ir pras baladas de passaporte ou quando não tinha, não pagar o mico do cara olhar minha carteira de habilitação do Brasil e não entender nada, ou até mesmo ser barrado, porque o documento brasileiro é feito de papel e muito fácil de ser corinthianado.
Mas aí inventei de comprar um carro. Porém a teimosia continuava. Afinal eu tinha a carteira internacional de habilitação. Pra que tirar aqui?
O seguro ficou uma bica e ficaria mais barato se eu tivesse o documento aqui. Mas também não seria muito a diferença. Bora tirar então. Fui num lugar longe pra caraio buscar o livrinho de leis do trânsito aqui. Ô bichinho pra ter páginas. Um venezuelano deu a dica de um site, onde você fazia testes, assim como a prova teórica da joça. Já na primeira pergunta desisti. Não me lembro exatamente do que era, mas era mais ou menos assim: Qual o tamanho da letra, que é usada num cruzamento de vacas, numa estrada gramada, com uma grama artificial, com altura de 15 centímetros num verde-exército? Porra...
A solução foi continuar sem a habilitação aqui, só com a internacional e que Deus Salve a América. Confiava em algumas pessoas que não tem o documento gringo e se mantém sem problemas dirigindo com a internacional. E nunca tiveram problemas. Mas lógicamente que comigo seria diferente. Num sábado, que começou tudo errado, eu tinha um jogo de futebol, longe pra diabo e foi cancelado. É lógico que só fui descobrir quando cheguei lá. Tentaram me avisar, mas estava numa ligação e a pessoa deixou recado. Esqueci de pegar o recado e fudeu. Tempo perdido. Gasolina perdida. Bom... bora voltar pra casa então. Na rodovia, estou ao celular, aqui é permitido, mas quando vejo um carro de polícia parado no acostamento, me assustou, achando que me multaria por estar ao celular, o gambé percebe que tava devendo alguma coisa na praça e vem atrás de mim. Me senti num filme, daqueles filmado pela polícia. A vontade era ser o protagonista do filme... Acelerar e percorrer os EUA inteiro, com helicópteros me perseguindo. Eu aparecendo na CNN. Com aquela coragem animal. Depois me atirar de um precipício como Telma e Louise. Lógicamente que não sou insano assim e não tenho essa coragem. Foi só ver a sirene atrás que quase me borrei e parei rapidinho. Aí o tio lá fala alguma coisa no megafone, que é claro que entendi porra nenhuma. Depois fui descobrir que ele fala pra manter dentro do carro, com as duas mãos do volante. Ah tá... Quando parou o carro eu já tinha tirado as duas mãos faz tempo do volante. Já estava abrindo o porta-luvas pra pegar os documentos. Óia o perigo aí! Mas beleza! Me disse num inglês claro: Você foi parado por excesso de velocidade. Mentira! Eu não tava rápido, tava no limite e na pista do meio, com carros passando muito mais velozes na esquerda. O que eu acho que ele queria dizer era: Parei porque de longe vi que você é o Alexandre, não fala inglês, espanhol, corre atrás de bonde e principalmente, não tem habilitação. Me disse que minha carteira internacional não era válida, pois eu era residente aqui. Me deu uma multa, mas disse para eu ir na corte, e mostrar meus documentos para tentar me safar da multa. Logo na semana seguinte, fui `a corte. E depois de me perder por meia cidade (e olha que tenho gps), pegar uma fila salgada, a juiza me diz que tenho que esperar a multa chegar por correio. Puliça fia da puta, me enganou. Mais uma vez tempo e gasolina que vão pro saco. Ok. Vai ver que nem vai chegar essa multa afinal.
2 semanas depois, já nem lembrava mais da multa, checo a caixa de mensagens do meu prédio. 4 cartas. A primeira é um advogado falando que quer me defender. A segunda também. A terceira também. Porra, defender do que? E lá estava a última carta. Uma multa de 270 dólares. É impressionante como os advogados daqui são ratos! Não podem ver uma sujeira que já estão indo mergulhar! Eu tinha até a data X pra recorrer.
Mas como sou uma pessoa prudente, fui já no dia seguinte `a corte, mostrar os documentos e me livrar de pagar. Lógicamente que não era tão simples assim. Eu só não pagaria a multa se tirasse a carteira de motorista. A mardita me perseguiu. Queria porque queria entrar na minha carteira. Praga!
E claro que não tem perto da agência, um local pra tirar o documento. o mais perto ficava a 20 km. Dei uma estudada no livrinho, respondi umas questões daquele site e pronto. Lá fui eu. Acordei cedo e fui. Chego no local e estava com o sistema fora do ar e a previsão de retorno era só em 2 ou 3 dias. Eu precisava tirar urgente, pois a data limite para pagar estava correndo. Então resolvi ir pra outra locação, que ficava mais 2o km daquele ponto, 40 do trabalho. Chego lá, aguento uma fila rápida e a mulher da informação, olha e reolha meu passaporte. Levanta uma só sobrancelha. E me diz que tá faltando um formulário y. Pqp. Olhei o site que me dizia quais documentos precisaria. E achei que estava tudo em ordem. Fui embora puto. Louco. uns 15 kms depois, na estrada, resolvo dar uma checada nos documentos pedidos no site. E vi que o que eu tinha era necessário. Não precisava do formulário y e nem do z. Voltei lá. E mais uma vez a viadinha disse que precisava. Eu expliquei que o OU em português, significa alternativas. VOCÊ PRECISA DO FORMULÁRIO X OU DO Y. Achei que em inglês tinha o mesmo significado. Com essa aula de gramática, pedi com educação pra ela chamar o supervisor. Me aparece um oficial, fantasiado de xerife com cara de poucos amigos. Fudeu, eu pensei. Mas depois de olhar e checar o sujeito viu que eu tinha razão. A dona das informações me deu uma senha e lá fui eu esperar 1 hora pra ser atendido. Finalmente chamam meu número. Me encaminho até o guichê indicado. E adivinha o que a lambisgóia disse? "Você precisa do fuck formulário y. Saia da fila, providencia isso e volte. Próximo!"... Ei... próximo o cacete, Jesus. Falei as mesmas coisas que havia falado pra viadinha de informações, expliquei o significado do OU, disse que inclusive já havia conversado com o oficial do caraio... E lá foram mais 2o minutos pra gringa verificar. Tudo resolvido, exame de vista feito, bora fazer o exame prático.
BOMBA!! Precisava acertar 70% e eu acertei 65%, com uma questão certa a mais, passaria. Mas porra, uma das questões que errei era: Se você for parado pela polícia, e estiver embriagado, o que deve se proceder.
a) Multa de 5 mil dólares e prisão de 72 horas a 180 dias.
b) Apreensão do carro e da carteira de motorista.
c) Convidar o policial pra mais um trago, no bar mais próximo.
É lógico que acreditei na última opção. Me ferrei.
A solução foi estudar o maldito livro. 2 dias estudando e pronto. É agora! Acordei mais uma vez de madrugada e fui enfrentar a fila. Fiz! Passei! Agora é partir pro exame prático. Só que naquele dia não seria possível, pois eu já tinha perdido a manhã inteira pra fazer o teste. Aliás, virou uma festa do caqui. Em 1 semana , trabalhei apenas o período da tarde. Tudo pra tirar essa joça. No dia seguinte fui fazer a prova. Cheguei 8 da manhã, pra entrar na programação. Só tinha o horário entre as 10 e 11 horas. Um calor de 40 graus. A solução foi ficar dentro do carro com ar condicionado, vendo o ponteiro da gasosa cair. Fui pra fila de carros as 10 e só chegou a patroa as 11 no meu carro, aqui os testes são executados em seu próprio veículo. Teste da buzina OK. Do pisca alerta OK. Da seta direita OK. Da seta esquerda OK. O cartão de seguro do carro?? Eita. Procuro aqui, ali, mas na realidade nunca tinha visto o tal cartão. Eu sabia do telefone da seguradora, mas cartão? Fudeu. Fui expulso da fila, e a mulher pediu que eu voltasse com o cartão pra fazer o teste entre 2 e 3 horas. Fui pra casa num ódio só. 40 km dirigindo. Que porra de cartão é esse? Fucei em todos os meus papéis em casa e pronto, achei. Só que eu tinha que ir trabalhar né? Fui pro trabalho e inventei uma historinha, que o sistema de lá havia caído e blablabla... E que ía novamente a tarde. E novamente voltei lá. E adivinhem, o horário entre as 2 e 3 já estava preenchido. "Please, come back tomorrow". E lá fui eu voltando puto. Mas amanhã eu ia amanhecer no lugar. Dessa vez sai. E novamente 8 da manhã tô lá e só tinha horário entre as 10 e 11. Eu tinha um vôo marcado para as 13 horas. Imaginem a aflição. Mas dessa vez rolou. Finalmente consegui fazer o exame e incrívelmente passar de primeira. Cheguei ainda a dar uma passada pelo trabalho e quando me viram e perceberam que passei, aplaudiram de pé. Por 2 minutos. Bora viajar pro feriado mais sussa. Miami aí vou eu. Na volta eu vou na corte e mostro o documento provisório e me livro da multa. Voltei de Miami na segunda e a data limite era terça.
E daí? Nem lembrei! Fui lembrar na terça a noite! Vou ser preso! Uma amiga me ajudou e procurou na internet: além da multa de 270 eu pagaria 60 a mais pelo atraso. Fiquei feliz viu? Corri, peguei fila, perdi trabalho, suei, gastei gasolina, aturei nego mal-humorado, perdi dinheiro pra que? Pra não valer a nada?
No dia seguinte acordei quase de madrugada. Fui até a corte com o rabo entre as pernas. Preparado pra deixar o que seria uma próxima viagem, assinada num cheque, pra pagar a multa. Mas ufa. Paguei só 20 dólares pelo atraso! Só! Pelo menos agora terei a tão esperada carteira de habilitação americana! E como numa típica novela mexicana, o começo e meio são dramáticos, mas o final feliz!
Mas aí inventei de comprar um carro. Porém a teimosia continuava. Afinal eu tinha a carteira internacional de habilitação. Pra que tirar aqui?
O seguro ficou uma bica e ficaria mais barato se eu tivesse o documento aqui. Mas também não seria muito a diferença. Bora tirar então. Fui num lugar longe pra caraio buscar o livrinho de leis do trânsito aqui. Ô bichinho pra ter páginas. Um venezuelano deu a dica de um site, onde você fazia testes, assim como a prova teórica da joça. Já na primeira pergunta desisti. Não me lembro exatamente do que era, mas era mais ou menos assim: Qual o tamanho da letra, que é usada num cruzamento de vacas, numa estrada gramada, com uma grama artificial, com altura de 15 centímetros num verde-exército? Porra...
A solução foi continuar sem a habilitação aqui, só com a internacional e que Deus Salve a América. Confiava em algumas pessoas que não tem o documento gringo e se mantém sem problemas dirigindo com a internacional. E nunca tiveram problemas. Mas lógicamente que comigo seria diferente. Num sábado, que começou tudo errado, eu tinha um jogo de futebol, longe pra diabo e foi cancelado. É lógico que só fui descobrir quando cheguei lá. Tentaram me avisar, mas estava numa ligação e a pessoa deixou recado. Esqueci de pegar o recado e fudeu. Tempo perdido. Gasolina perdida. Bom... bora voltar pra casa então. Na rodovia, estou ao celular, aqui é permitido, mas quando vejo um carro de polícia parado no acostamento, me assustou, achando que me multaria por estar ao celular, o gambé percebe que tava devendo alguma coisa na praça e vem atrás de mim. Me senti num filme, daqueles filmado pela polícia. A vontade era ser o protagonista do filme... Acelerar e percorrer os EUA inteiro, com helicópteros me perseguindo. Eu aparecendo na CNN. Com aquela coragem animal. Depois me atirar de um precipício como Telma e Louise. Lógicamente que não sou insano assim e não tenho essa coragem. Foi só ver a sirene atrás que quase me borrei e parei rapidinho. Aí o tio lá fala alguma coisa no megafone, que é claro que entendi porra nenhuma. Depois fui descobrir que ele fala pra manter dentro do carro, com as duas mãos do volante. Ah tá... Quando parou o carro eu já tinha tirado as duas mãos faz tempo do volante. Já estava abrindo o porta-luvas pra pegar os documentos. Óia o perigo aí! Mas beleza! Me disse num inglês claro: Você foi parado por excesso de velocidade. Mentira! Eu não tava rápido, tava no limite e na pista do meio, com carros passando muito mais velozes na esquerda. O que eu acho que ele queria dizer era: Parei porque de longe vi que você é o Alexandre, não fala inglês, espanhol, corre atrás de bonde e principalmente, não tem habilitação. Me disse que minha carteira internacional não era válida, pois eu era residente aqui. Me deu uma multa, mas disse para eu ir na corte, e mostrar meus documentos para tentar me safar da multa. Logo na semana seguinte, fui `a corte. E depois de me perder por meia cidade (e olha que tenho gps), pegar uma fila salgada, a juiza me diz que tenho que esperar a multa chegar por correio. Puliça fia da puta, me enganou. Mais uma vez tempo e gasolina que vão pro saco. Ok. Vai ver que nem vai chegar essa multa afinal.
2 semanas depois, já nem lembrava mais da multa, checo a caixa de mensagens do meu prédio. 4 cartas. A primeira é um advogado falando que quer me defender. A segunda também. A terceira também. Porra, defender do que? E lá estava a última carta. Uma multa de 270 dólares. É impressionante como os advogados daqui são ratos! Não podem ver uma sujeira que já estão indo mergulhar! Eu tinha até a data X pra recorrer.
Mas como sou uma pessoa prudente, fui já no dia seguinte `a corte, mostrar os documentos e me livrar de pagar. Lógicamente que não era tão simples assim. Eu só não pagaria a multa se tirasse a carteira de motorista. A mardita me perseguiu. Queria porque queria entrar na minha carteira. Praga!
E claro que não tem perto da agência, um local pra tirar o documento. o mais perto ficava a 20 km. Dei uma estudada no livrinho, respondi umas questões daquele site e pronto. Lá fui eu. Acordei cedo e fui. Chego no local e estava com o sistema fora do ar e a previsão de retorno era só em 2 ou 3 dias. Eu precisava tirar urgente, pois a data limite para pagar estava correndo. Então resolvi ir pra outra locação, que ficava mais 2o km daquele ponto, 40 do trabalho. Chego lá, aguento uma fila rápida e a mulher da informação, olha e reolha meu passaporte. Levanta uma só sobrancelha. E me diz que tá faltando um formulário y. Pqp. Olhei o site que me dizia quais documentos precisaria. E achei que estava tudo em ordem. Fui embora puto. Louco. uns 15 kms depois, na estrada, resolvo dar uma checada nos documentos pedidos no site. E vi que o que eu tinha era necessário. Não precisava do formulário y e nem do z. Voltei lá. E mais uma vez a viadinha disse que precisava. Eu expliquei que o OU em português, significa alternativas. VOCÊ PRECISA DO FORMULÁRIO X OU DO Y. Achei que em inglês tinha o mesmo significado. Com essa aula de gramática, pedi com educação pra ela chamar o supervisor. Me aparece um oficial, fantasiado de xerife com cara de poucos amigos. Fudeu, eu pensei. Mas depois de olhar e checar o sujeito viu que eu tinha razão. A dona das informações me deu uma senha e lá fui eu esperar 1 hora pra ser atendido. Finalmente chamam meu número. Me encaminho até o guichê indicado. E adivinha o que a lambisgóia disse? "Você precisa do fuck formulário y. Saia da fila, providencia isso e volte. Próximo!"... Ei... próximo o cacete, Jesus. Falei as mesmas coisas que havia falado pra viadinha de informações, expliquei o significado do OU, disse que inclusive já havia conversado com o oficial do caraio... E lá foram mais 2o minutos pra gringa verificar. Tudo resolvido, exame de vista feito, bora fazer o exame prático.
BOMBA!! Precisava acertar 70% e eu acertei 65%, com uma questão certa a mais, passaria. Mas porra, uma das questões que errei era: Se você for parado pela polícia, e estiver embriagado, o que deve se proceder.
a) Multa de 5 mil dólares e prisão de 72 horas a 180 dias.
b) Apreensão do carro e da carteira de motorista.
c) Convidar o policial pra mais um trago, no bar mais próximo.
É lógico que acreditei na última opção. Me ferrei.
A solução foi estudar o maldito livro. 2 dias estudando e pronto. É agora! Acordei mais uma vez de madrugada e fui enfrentar a fila. Fiz! Passei! Agora é partir pro exame prático. Só que naquele dia não seria possível, pois eu já tinha perdido a manhã inteira pra fazer o teste. Aliás, virou uma festa do caqui. Em 1 semana , trabalhei apenas o período da tarde. Tudo pra tirar essa joça. No dia seguinte fui fazer a prova. Cheguei 8 da manhã, pra entrar na programação. Só tinha o horário entre as 10 e 11 horas. Um calor de 40 graus. A solução foi ficar dentro do carro com ar condicionado, vendo o ponteiro da gasosa cair. Fui pra fila de carros as 10 e só chegou a patroa as 11 no meu carro, aqui os testes são executados em seu próprio veículo. Teste da buzina OK. Do pisca alerta OK. Da seta direita OK. Da seta esquerda OK. O cartão de seguro do carro?? Eita. Procuro aqui, ali, mas na realidade nunca tinha visto o tal cartão. Eu sabia do telefone da seguradora, mas cartão? Fudeu. Fui expulso da fila, e a mulher pediu que eu voltasse com o cartão pra fazer o teste entre 2 e 3 horas. Fui pra casa num ódio só. 40 km dirigindo. Que porra de cartão é esse? Fucei em todos os meus papéis em casa e pronto, achei. Só que eu tinha que ir trabalhar né? Fui pro trabalho e inventei uma historinha, que o sistema de lá havia caído e blablabla... E que ía novamente a tarde. E novamente voltei lá. E adivinhem, o horário entre as 2 e 3 já estava preenchido. "Please, come back tomorrow". E lá fui eu voltando puto. Mas amanhã eu ia amanhecer no lugar. Dessa vez sai. E novamente 8 da manhã tô lá e só tinha horário entre as 10 e 11. Eu tinha um vôo marcado para as 13 horas. Imaginem a aflição. Mas dessa vez rolou. Finalmente consegui fazer o exame e incrívelmente passar de primeira. Cheguei ainda a dar uma passada pelo trabalho e quando me viram e perceberam que passei, aplaudiram de pé. Por 2 minutos. Bora viajar pro feriado mais sussa. Miami aí vou eu. Na volta eu vou na corte e mostro o documento provisório e me livro da multa. Voltei de Miami na segunda e a data limite era terça.
E daí? Nem lembrei! Fui lembrar na terça a noite! Vou ser preso! Uma amiga me ajudou e procurou na internet: além da multa de 270 eu pagaria 60 a mais pelo atraso. Fiquei feliz viu? Corri, peguei fila, perdi trabalho, suei, gastei gasolina, aturei nego mal-humorado, perdi dinheiro pra que? Pra não valer a nada?
No dia seguinte acordei quase de madrugada. Fui até a corte com o rabo entre as pernas. Preparado pra deixar o que seria uma próxima viagem, assinada num cheque, pra pagar a multa. Mas ufa. Paguei só 20 dólares pelo atraso! Só! Pelo menos agora terei a tão esperada carteira de habilitação americana! E como numa típica novela mexicana, o começo e meio são dramáticos, mas o final feliz!
O Coador
Alguém sabe como limpar um coador de macarrão? Impressionante, mas não consigo! Vou começar a coar com um pano, aí é só jogar na máquina e pronto, ou até mesmo jogar no lixo. Mas o coador cacete? Como lava?
A água passa por ele, o sabão da esponja não pega. Por Deus. Alguém sabe?
A água passa por ele, o sabão da esponja não pega. Por Deus. Alguém sabe?
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