Bom, isso aconteceu ontem. Ganhei um livro de receitas de uma amiga, a Leila, e vi o Bolinho de Chuva. Amava quando minha mãe fritava e eu me entupia disso. E pelo livro vi que era tranquilo fazer. Mas, é lógico que mesmo sendo sossegado eu consigo complicar.
Saí do trabalho e resolvi ir direto ao supermercado comprar os ingredientes. E ir ao mercado é uma luta inenarrável, porque o verão tá infernal, com temperaturas sempre acima dos 37 graus e caminhar entre o carro, com ar condicionado no máximo, até a porta do supermercado, com certeza é suar 1 litro! Mas a vontade do bolinho era maior. Comprado os ingredientes, fui fazer a massa.
Vocês lembram algumas histórias atrás, quando eu disse que raramente chamo uma faxineira pra limpar e tal? Pois é. Ontem foi dia da senhora vir aqui em casa e deixar um brinco. Mas preciso sujar rápido né? Afinal: solteiro, recém-c0zinheiro e lesado, precisa decorar a casa com sujeira.
Bom voltando à massa. Um ovo aqui. Meia xícara de farinha ali. Leite acolá. E acompanhando a receita estava lá: 1 pitadinha de sal. Eu pensei: vou colocar um pouco mais que apenas uma pitadinha de sal pra ficar bem gostoso e salgadinho. E lá se foi uma colher de sopa de sal. A massa pronta e pimba, me lembro que o bolinho de chuva é doce e não salgado. Jesus amado. Mas iria compensar no açúcar... Certeza.
A frigideira estava suja, pois eu havia feito o almoço em casa, então precisei lavar a criança. Mas queria poupar o pano de prato na hora de enxugar e levei ao fogo, tomada por óleo. Minha cozinha é pequena. Minúscula pra dizer a verdade... De um lado é a pia do outro o fogão e a geladeira. Só cabe uma pessoa e magra. A geladeira fica na sequência do fogão e logo a parede. E era nesse ponto que eu estava. Na frente da geladeira. Para ir à sala, por exemplo, eu precisaria passar na frente do fogão. Mas o óleo começou a esquentar. Aquela maldita água que não sequei começou a pular. A pular é modo de dizer, começou mesmo a explodir. Era um festival de estouros, um reveillon em Copacabana, voando óleo e paciência pra tudo que é lado. Fiquei enclausurado por cerca de 3 minutos, fugindo do óleo voador. Não poderia sair dali, pois precisaria enfrentar o fogão com sua leva de óleo. A chão da cozinha já parecia um ringue de luta no gel. De vez enquando voava um pouco de óleo na mão, no braço. Puta que pariu como dói. Depois do óleo parar com a gracinha e desencanar de saltitar feito um sapo gay, consegui fazer os bolinhos.
Conclusão: Cozinha precisando de uma macumba urgente e comi apenas 2 bolinhos de chuva, porque o gosto ficou incrivelmente horrível! Foi o doce mais salgado que comi na minha vida!
quarta-feira, 23 de julho de 2008
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2 comentários:
Ale!!!!Me lembrei de uma coisa!!!Vc se lembra qdo foi fazer vestibular na Faculdade de Belas Artes e me fez uma chantagem????!!!!!Mãe SE VOCE FIZER BOLINHO DE CHUVA, EU PROMETO QUE VOU LÁ E CONSIGO ENTRAR NESSA FACULDADE. E Como o que eu mais queria naquele momento era isso, fiz muiiiiitoooo e vc comeu até se empanturrar, mas vc não mentiu, entrou na Faculdade. Acho que bolinho de chuva é feito só para quem vai prestar vestibular. Beijos lindão. Te amo. Mamis
Alê, acho que todo alimento que vc inventa de fazer deveria vir com foto para o blog. Afinal, tem alimento que sai com uma cara boa hahahahaha
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