terça-feira, 17 de março de 2009

Almofadas voadoras



Ói nóis aqui traveis!

Voltando lá pela época que cheguei nos EUA. Como já disse, recebi uma bufunfinha da agência pra ajudar a montar a nova vida. Logo que aluguei o apê, tive que ir comprar os móveis. Me indicaram uma loja longe pra caraio, Ikea, onde você compra e monta os móveis. Poderia ir comprar, mandar entregar em casa e ainda pagar pra montarem. Mas eu vim com a cabeça de peão e resolvi economizar. Aluguei uma caminhonete na U-Hall, que o conceito dessa empresa é que você possa fazer sua própria mudança.

Um espertinho, quando descobriu que eu ia lá, se candidatou pra me ajudar. Depois fui descobrir que ele queria fazer compras também e o carro dele, era um esportivo que mais parecia uma caixa de fórsforo arredondada. Minúsculo e com apenas dois bancos, o de motorista e o de passageiro, ou seja, Alezão indo pros cafundós, com uma caminhonete, caiu como uma luva pra ele.

Passei o dia escolhendo sofá, cama, colchão, hack pra tv, louças, talheres... Eu não queria ter que voltar lá tão cedo. Além de longe, teria que alugar uma jabiraca novamente. Então a solução foi comprar a casa inteira, sem faltar nada. O resultado foi uma caminhonete até o talo. E o fiadeumaégua que foi comigo, comprou mais do que devia. Tive que fazer duas viagens. Na primeira, tive que deixar o baguá lá, com as compras dele e fui pra casa sozinho. Eu estava aqui havia apenas 2 semanas então minhas referências, pra achar o caminho, eram apenas visuais. Ou seja, fudeu!

Dirigindo pela rodovia, pois a loja era em outra cidade, vim preocupado com as trocentas coisas na caçamba. Sacolas, caixas... Nas poucas vezes em que eu estava olhando pra estrada, e não no retrovisor, reparei um vulto rápido na caçamba e apesar de não ver, eu tinha a certeza que alguma coisa tinha voado!

Me perdi um pouco, mas consegui chegar em casa. Descarreguei quase tudo, com caixas pesadas no lombo, subindo escadas até o terceiro piso, sozinho. Enquanto fui descarregando, tentei descobrir o que supostamente havia voado. Mas não dei por falta de nada.

1 hora depois, regressei à loja pra buscar o filhote-de-cruz-credo. Colocamos as coisas na caçamba e bora de volta a Dallas. Aquela sensação de ter visto algo voar não saia da minha cabeça. Na volta, fui olhando pros cantos da estrada, pra ver se via algo... Mas nada. Estava muito escuro a rodovia pra detalhar algo.

Minha casa parecia a Casa dos Horrores. Era caixas jogada de um lado, sacolas de outro. Uma puta de uma zona. Estava cansado demais. Fui tomar um banho e percebi que havia esquecido de comprar a cortina do box! Depois de molhar o banheiro inteiro, resolvi que teria que voltar naquela loja no dia seguinte, aproveitando que estaria com o carro alugado ainda.

Na hora de dormir, senti falta do travesseiro e do edredon. Procurei como louco. Já sabia o que tinha voado. Fui pegar uma almofada então pra dormir. Puta que pariu, cadê as almofadas? Havia comprado 5 almofadas. Apenas 1 estava ali!

Pois é... Logicamente que tive que recomprar tudo. Fui a loja e na volta, com o sol iluminando fui vendo... Uma almofada ali, toda estrupiada, outra acolá, tadinha atropelada, um travesseiro rasgado e com as penas pra fora... Em uns 4o km de estrada, vi restos mortais por quase toda a extensão. E por ali jaziram por toda a vida!

2 comentários:

Anônimo disse...

Como é que pode uma coisa dessas... tudo te acontece!!!
Que vc é desastrado todo mundo sabe... mas já te falei né, deve ter praga aí tbm... só pode!!! rsrsrsrs... bjos.

Anônimo disse...

Nossa, como vc é leso!!! Você parece integrande da família trapo....não é trapo! Como chama aquela família que é jacú!?!?!? Parece que veio de Itápolis e caiu na Praça da Sé hahahahah